Pouco depois da Segunda Guerra Mundial, o Japão imperialista tinha sido dissolvido e o seu inimigo de guerra, os EUA, tinha estabelecido uma presença significativa no país. Com o objetivo de evitar o terror que reinava na Ásia Oriental desde a década de 1930, o governo japonês concentrou-se em estabilizar a economia e promover o crescimento.
A maior parte dos combatentes na guerra havia testemunhado uma redução na produção industrial, o mesmo se deu no Japão, onde a produção em 1946 diminuiu para 27,6% do padrão pré-guerra.¹
As políticas econômicas empregadas pelo Ministério do Comércio Internacional e Indústria (MITI) foram fundamentais para o sucesso do Japão. Os efeitos da guerra prejudicaram gravemente o setor manufatureiro japonês e, portanto, esses ministérios procuraram investir nesses tipos de setores, ao mesmo tempo em que fortaleceram o interesse interno da concorrência estrangeira.
Em particular, “a indústria japonesa do algodão foi posta de joelhos no final da Segunda Guerra Mundial. Dois terços de seus fusos de algodão anteriores à guerra foram sucateados por administradores de guerra, e o bombardeio e destruição de áreas urbanas causaram uma perda adicional de 20% da fiação e 14% da capacidade de tecelagem”.²
O Ministério da Indústria adotou o “Modo de Produção Inclinada” que enfatizava a produção de matérias-primas como o aço e o algodão. Além disso, isso motivou a entrada de mão-de-obra feminina no processo de recrutamento permitindo que as taxas de produção subissem.